terça-feira, 8 de maio de 2012

NÃO QUERO APENAS AS SACAS DE MALTE, QUERO PLANTAÇÕES DE CEVADA

       Neste dia, e de minhas verdes pétalas, espero apenas que me deem a suavidade do perfume para percorrer a batalha de hoje, a delicadeza e fragilidade de suas faces, para que eu não me esqueça de como ainda deve ser uma mulher em sua essência, a despeito da dureza proveniente das dores e dos tropeços que a vida nos provê ao longo dos anos.

        Mas que conservem em mim, com seu outro lado também necessário, prezadas verdes pétalas que também me ensinam, a consciência e a proteção de seu máximo amargor, para repelir quem não sabe me apreciar e me degustar com cuidado e carinho. Para quem não é capaz de experimentar o que é diferente, apenas por medo da superfície, que não aprofunda os aromas em suas papilas e não deixa o tempo passar para descobrir novas sensações que o pós-amargor e o aftertaste da vida proporcionam.

        Quero máximo aroma, quero máximo amargor, quero das verdes pétalas, hoje, seu potencial máximo, para que eu copie seu exemplo e seja meu melhor em tudo que fizer. 

         Finalizo com outra analogia cervejeira, pois de ontem pra hoje, decidi, em vez de colecionar sacas de malte, cultivar minhas plantações de cevada.


            "You´ll remember me when the west wind moves, upon the fields of barley.
              You´ll forget the sun in his jealous sky, as we walk in the fields of gold." (Sting)



 

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